Monday, April 16, 2012

Thursday, July 8, 2010

Anta da Foz

Num esporão, sobre o mar, junto à Praia da Foz (Sesimbra).
Em Sesimbra, se exceptuarmos a Roça do Casal do Meio, não se conhecem hoje quaisquer monumentos funerários megalíticos.
Em contrapartida, as grutas naturais, com enterramentos de época megalítica, são bastante frequentes.
Existem, porém, vagos indícios de que nem sempre foi assim: uma anta, desaparecida, nos arredores da Azóia, e o topónimo Anta, na área de Sampaio.
Para além de uns indícios discutíveis no Vale do Risco.

A anta da Praia da Foz surge agora para dar corpo ao megalitismo sesimbrense.
Trata-se de um monumento muito destruido mas, mesmo assim, bastante evidente: são quatro esteios de arenito, de boas dimensões, numa área arenosa/cascalhenta, em que não afloram blocos de qualquer tipo.

Descrição: Esteio 1: 1,62 m x 0,90 m x 0,30 m
                    Esteio 2: 2,oo m x 1, 05 m x 0, 65 m
                     Esteio 3: 1, 80 m x 1, 50 m x 0, 50 m
                     Esteio 4: 1, 07 m x 0, 90 m x 0, 40 m

Coordenadas: m= 482.595
                         p= 4255. 883





Wednesday, April 21, 2010

Intro(pro)specções

 ou introspecções Pro

Um inverno excepcionalmente chuvoso multiplicou as enormes dificuldades logísticas envolvidas na escavação da Lapa da Cova. Quase uma hora de marcha, a pé (com equipamento, comida e combustível às costas), só para chegar diariamente ao "local de trabalho".
Serra acima e, no troço final, falésia abaixo.
Por uma rampa estreita, à beira do abismo, particularmente escorregadia quando chove.
Outro tanto, de regresso à base.   
Atarefada (e empolgada) no trabalho fantástico que tem em curso,  a equipa da Lapa da Cova não tem, nesta fase, prospecções realizadas nem previstas, na Arrábida e arredores 
Porém, em contra corrente das lamúrias da concorrência (lamúria 1) (lamúria 2) (lamúria 3) que, neste caso, não passam de desculpas de maus pagadores, temos vindo a identificar uma série de sítios, de diversos tipos, cuja descoberta não foi, em nada, prejudicada pelo rigor do inverno ou pela exuberância da primavera...
De resto, para não desperdiçarmos recursos, a prospecção arqueológica tem que ser adaptada às condições de terreno, em cada região concreta, em função de diversas variáveis.
Quanto à chuva, é mesmo uma questão de galocha e impermeável.
Arqueólogo não costuma ser solúvel na água. 

Estudar um sítio passa, entre muitos aspectos, pelo estudo da sua circunstância. Nesse sentido, explorando as poucas vias de acesso à Lapa da Cova - a partir do interior ou a partir do mar - acabámos por detectar, literalmente "en passant", um conjunto de sítios arqueológicos que, tendo em conta a localização e a cronologia, se podem relacionar com o santuário da Idade do Ferro.
A-
1. Logo junto ao local onde a equipa costuma deixar as viaturas, na base da serra, perto da povoação de Pedreiras, foi registado, ao longo de cerca de 150 m (no próprio caminho de terra batida) uma ocupação do Bronze Final, que vem ampliar a presença já de si excepcional, de povoamento dessa época.
2. No topo da serra, perto da rampa de acesso à Lapa da Cova, registámos, numa clareira, várias concentrações de blocos calcários que, a priori, podem corresponder a estruturas funerárias sidéricas, mas que só a escavação poderá esclarecer.
Já na rampa de acesso, anotámos a presença de 2 fragmentos de cerâmica manual, provavelmente protohistórica. Relacionados com o uso do santuário?
3. Junto à entrada da gruta, mas fora do respectivo cone de dejecção, registámos também a ocorrência de cerâmica manual e de roda, em dois pontos distintos.
4. A cerca de 100 m a Oeste da gruta, no único caminho que permite o acesso ao mar, antes de uma cascalheira, regustámos um pequeno abrigo, com cerâmica manual, protohistórica, no interior e nas imediações. 
5. A cerca de 100 m do abrigo, no limite ocidental da cascalheira, registámos materiais protohistóricos (cerâmica manual mas, sobretudo, cerâmica de roda).
6. No acesso à praia do Calhau da Cova, junto a um pequeno abrigo natural, registámos a presença de um fragmento de cerâmica manual.
7. Num acesso, relativamente difícil, pela falésia, a oriente da Lapa da Cova, foram observados alguns fragmentos de cerâmica de roda 

B- Mas, milagre, mesmo sem procurarmos, os sítios andam aí... Fazer o quê?
1. O Miguel Amigo (o povo está contigo) passeando a Blacky lá perto da casa dele, nos Pinheirinhos, encontrou, sem querer, mais um povoado neolítico...



2.  O Ricardo Querido (o povo também está contigo) perdeu-se numas voltas manhosas para chegar à Lapa da Cova e, milagre, encontrou mais um dos misteriosos círculos do Risco.
3. E o pessoal da espeleologia, na Arrábida setubalense, parece que encontrou mais cacos em grutas. Chatice... vamos dedicar-nos ao estudo das linhas de água e das flores.

Monday, April 12, 2010

Sincretismos

A  placa islâmica, descoberta, numa gruta de Sesimbra, pelo espeleólogo Rui Francisco (Loia), foi a estrela (o crescente?) das cerimónias da comemoração dos 25 anos da Mesquita de Lisboa. O primeiro-ministro, que participou nas cerimónias, mostrou-se vivamente interessado na descoberta, tendo, posteriormente, visitado a referida placa - depositada na Capela do Espírito Santo, em Sesimbra - na companhia do Dr. Jaime Gama e membros do governo.

Tuesday, January 5, 2010

Monday, January 4, 2010

Saturday, January 2, 2010

Évora ocidental

com saudades do mar interior


Desenho de 1997, com a Costa Azul (feita de memória) e um barco-silhueta de Évora, em direcção ao Atlântico...

Wednesday, November 18, 2009

A Idade do Ouro

ou o tempo azul da inocência
entre a Lagoa e o Mar.
no tempo em que os animais falavam.





Tuesday, November 10, 2009

Sunday, November 8, 2009

Brincando, brincando

Um verdadeiro santuário natural
Entre o Risco e o mar.
À beira do abismo.
Uma porta monumental, entre a entrada no estuário do Sado e o interior da Arrábida.
Ouro sobre azul...

A entrada da gruta

A marcha de aproximação
Calculando os riscos
Oriente e ocidente em fase orientalizante
no altar da Cova

No salão de entrada

Buracos dentro de buracos.